GP de Espanha: Toto Wolff aponta Ferrari como a principal beneficiada com nova regra das asas flexíveis na F1

Uma nova diretiva técnica da FIA sobre asas dianteiras flexíveis entra em vigor este fim de semana no Grande Prémio de Espanha e poderá alterar a hierarquia atual da Fórmula 1, segundo o diretor da Mercedes, Toto Wolff. O dirigente austríaco sugeriu que a Ferrari pode ser a equipa que mais vantagens retire desta mudança regulamentar.

A medida, anunciada pela FIA em janeiro, introduz testes de flexibilidade mais rigorosos às asas dianteiras dos monolugares e começa a ser aplicada oficialmente na nona prova da temporada, que decorre em Barcelona.

Embora a McLaren, líder destacada no Campeonato de Construtores, tenha afirmado repetidamente que não espera ser afetada pela nova regulamentação, o diretor da Ferrari, Frédéric Vasseur, admitiu que a mudança pode ser “um fator decisivo” para a sua equipa. Agora, Toto Wolff veio reforçar essa possibilidade, reconhecendo o potencial impacto que as novas regras podem ter na performance da escuderia italiana.

“Tudo indica que esta diretiva pode favorecer significativamente quem estava a explorar mais a flexibilidade até agora. E a Ferrari parece estar numa boa posição nesse aspeto,” declarou Wolff em declarações prévias ao início das atividades em pista.

O conceito das “flexi-wings” tem sido alvo de debate há vários anos na Fórmula 1. Trata-se de componentes que, apesar de cumprirem os requisitos de rigidez nos testes estáticos, conseguem gerar efeitos aerodinâmicos variáveis durante a condução, o que pode conferir uma vantagem competitiva em certos circuitos.

Com a introdução dos novos testes mais exigentes, espera-se que algumas equipas tenham de rever os seus projetos aerodinâmicos, o que poderá afetar o equilíbrio de forças no campeonato. A Ferrari, que tem lutado para se aproximar da liderança, poderá ser uma das principais beneficiadas se conseguir manter a eficácia das suas soluções dentro do novo quadro regulamentar.

A Mercedes, por sua vez, tem enfrentado dificuldades para encontrar consistência nas suas prestações em 2025, e Wolff parece encarar esta alteração como mais uma variável num campeonato altamente competitivo. “Vamos observar com atenção como cada equipa reage às mudanças e se haverá algum impacto real nos tempos de volta,” acrescentou.

Com todas as atenções voltadas para o Circuito da Catalunha neste fim de semana, a aplicação da nova regra poderá marcar um ponto de viragem na temporada e dar à Ferrari uma oportunidade única de se aproximar dos líderes.