O assunto das alegadas irregularidades da unidade motriz de Fórmula 1 da Ferrari do ano passado pode ter ficado fechado entre a equipa e a FIA, mas não para as adversárias. Depois de duas diretivas técnicas emitidas ainda em 2019 e de um acordo secreto anunciado em fevereiro, o tema continua na ordem do dia.
Cyril Abiteboul, diretor da Renault para a F1, salientou ao site f1-insider.com que o assunto ainda não ficou fechado, enquanto o chefe de equipa da McLaren, Andreas Seidl, sustentou que todo o processo poderia ter tido mais transparência. Da parte da Red Bull, o consultor Helmut Marko deixou claro: ‘Por causa do coronavírus, infelizmente tivemos de lidar com outras coisas. Mas isso não significa que não continuaremos a trabalhar no assunto da FIA e da Ferrari se as coisas voltarem ao normal’.
No passado dia 4 de junho, a própria FIA emitiu três novas diretivas. Uma é relativa ao uso de um sensor adicional para medir de forma mais precisa a quantidade de energia elétrica a fluir pelo sistema híbrido. Outra refere-se ao consumo de óleo, que poderá ser apenas de três decilitros por cada 100km, enquanto a terceira diretiva implementa um controlo mais rigoroso dos dados relativos ao fluxo de combustível.
Desta forma, a entidade federativa mostra muito claramente que não quer que as equipas contornem os regulamentos de forma inteligente tirando partido de eventuais lacunas regulamentares que impeçam de considerar determinada conduta como irregular.