O Campeonato de Portugal de Ralis (CPR) deste ano ficou reduzido a oito provas, com apenas uma nos arquipélagos: o Rali Vinho da Madeira, ficando de fora o Rali dos Açores. O mesmo acontece com o Rali Casinos do Algarve, que só avança em caso de cancelamento de uma das oito rondas agendadas.
Decisões que visaram adequar o campeonato ao panorama económico atual, como explicou o presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, Ni Amorim, à agência Lusa: ‘Tivemos de alterar e adaptar o atual campeonato de ralis à nova realidade económica que decorre da pandemia. Para 2020, estavam programadas 10 provas. Para 2021, após reunião com as associações de pilotos, entendemos que tínhamos de reduzir os custos, entre os quais o número de provas, de quilómetros por rali, de pneus por prova, para fazer um campeonato com dignidade, mas mais barato’.
Sobre o Rali dos Açores, o dirigente explicou: ‘É o mais caro de todo o campeonato. Havendo um rali com a visibilidade do Rali de Portugal, pelo mesmo preço do dos Açores, mas com visibilidade internacional maior. A melhor forma de conter custos para 2021 era que o rali dos Açores não pontuasse para o Nacional. Esperemos que haja condições para que o rali se realize. Ainda há poucos meses fizemos um rali do Europeu sem pontuar para o Nacional (Fafe) e foi viável e um sucesso. Não estou a ver que o Rali dos Açores fique em causa por causa disso [saída do calendário nacional]. Se pontuasse, haveria mais uma dezena de carros, no máximo’.
No que ao Rali Casinos do Algarve diz respeito, o dirigente federativo esclareceu que o motivo foi ‘a necessidade de haver equilíbrio entre o número de provas de asfalto e de terra’.