Jean-Eric Vergne foi recentemente anunciado como um dos pilotos da Peugeot para o projeto LM Hypercar no Mundial de Resistência (WEC) a partir de 2022. Atualmente nas fileiras da DS Techeetah (sendo a DS do grupo da Peugeot), o piloto também entrou no WEC e na resistência desde 2017 competindo em LMP2 – chegou a testar pela Toyota para LMP1, mas não foi escolhido.
Uma aposta que agora o francês reconhece ter dado frutos com a chegada à Peugeot. Ao site Motorsport.com, começou por recordar como chegou aos LMP2: ‘Quando saí da Fórmula 1, fiz um teste pela Toyota. Acho que quando fiz este teste, na minha cabeça não era muito forte mentalmente e não estive no sítio certo no momento certo. Por isso não aconteceu, a Toyota não me contratou. Encontrei-me sem lugar; ainda tinha a Fórmula 1, mas, para mim, era igualmente importante poder fazer Le Mans, foi sempre um sonho’.
Na sequência, Vergne afirmou: ‘Pedi ao meu empresário, Julian Jakobi, para ligar a absolutamente todos nos LMP2. Queria ficar nos protótipos, não queria ir para os GT, acho que depois é difícil voltar aos protótipos. Ele disse-me, «olha, esta não é a melhor equipa, não é o melhor lugar, mas temos uma oportunidade de pilotar pela Manor». Eu disse que estava perfeito. Foi difícil: a equipa não tinha dinheiro, não funcionou bem de todo. Tivemos um colega de equipa amador [Tor Graves] que se divertia, mas estava extremamente longe em tempo por volta, por isso sabia que não tinha chances de obter um resultado. Além do mais, não era um lugar pago, tive de pagar tudo como hotéis, viagens, voos… mas vi-o como um investimento’.
Investimento esse que, agora, o piloto viu traduzir-se na oportunidade de competir pela Peugeot. De qualquer modo, confidenciou que para aqui chegar passou por momentos árduos: ‘Nesse ano, acho que foi em Fuji, conheci o Roman Rusinov. Jantámos e eu fiz um teste pela equipa dele, a G-Drive, no fim do ano, e correu muito bem. Aprendi muito nesta equipa. Foi um investimento. Não foi fácil pensar que estava fora da F1 e a Toyota não me quis. Bati no fundo, e precisei de estar calmo de forma a recompor-me’.