Mesmo antes da saída da Audi, o DTM já estava a considerar o caminho a seguir no futuro, e uma das ideias foi ter um pelotão de duas classes – uma com carros a seguirem as regras Class One e outra reservada aos GT3. Porém, o conceito não foi em frente.
A crise no DTM começou em 2017, quando a Mercedes saiu deixando apenas a Audi e a BMW. As entradas dos Aston Martin da R-Motorsport e da cliente WRT Audi no ano passado deram um novo alento ao campeonato, mas a R-Motorsport saiu depois de 2019 e no início deste ano a Audi anunciou que vai abandonar depois da corrente época.
Antes disso, os planos eram de formar um campeonato de duas classes, revelou agora o presidente da entidade promotora ITR, Gerhard Berger, ao site Motorsport.com: ‘Sim, era ideia minha, mesmo com dois níveis. Não faria Equilíbrio de Rendimento para as duas classes. Se tivéssemos o que temos agora com 16 carros Class One e 16 carros GT3, os espectadores veriam todos os carros a rodar. E teríamos o vencedor na Class One e o vencedor nos GT3. Mas esse era o meu pensamento antes, agora temos uma situação diferente’.
O antigo piloto austríaco confessou ter ficado a pensar no conceito depois de ver os Super GT no Japão: ‘Quando estive em Fuji e vi esta grande grelha de partida. Se colocares aqui os GT3, eles também teriam um número limitado de carros. E depois estás sempre numa situação difícil porque alguém já não vem ou seja qual for o problema que temos neste momento. E quando se tem um grande pelotão como o que eles têm e se pode misturar, tens de resolver problemas com a classe de topo, mas no fim do dia é uma situação muito mais estável’.