Com a pandemia de coronavírus a forçar o adiamento ou cancelamento de todas as provas de Fórmula 1 até 14 de Junho – pelo menos – há que equacionar alternativas. Os responsáveis do campeonato ainda acreditam que será possível realizar 18 ou 19 rondas começando em Julho, ideia criticada por JJ Lehto.
O antigo piloto é da opinião que um calendário tão condensado não iria resultar: ‘Seria um ritmo tão feroz que eu não sei se funcionaria. As equipas mais pequenas estão basicamente a tentar sobreviver, agora ainda mais. Há algumas equipas que tinham os orçamentos muito curtos há alguns anos’.
Lehto disse ao jornal Iltalehti que especialmente para o pessoal das equipas pequenas uma época com corridas em sucessão seria uma tarefa hercúlea:
‘Sei que sempre houve um grande problema nas equipas mais pequenas quando não têm pessoas suficientes. Eles usam sempre as mesmas pessoas. Essas pessoas terão muito mais trabalho e ainda maiores responsabilidades do que nas equipas grandes. Tem de ser lembrado que a maioria tem famílias. Embora existam muitos jovens, vários têm filhos. Agora de repente vão dizer-lhes que vão estar fora de casa durante meio ano’.
Assim, nas circunstâncias actuais, o finlandês considera que mesmo dezena e meia de rondas seria um número demasiado elevado: ‘Sempre fui da opinião que 16 provas é o suficiente para o Mundial. Mas numa situação assim, 15 provas em seis meses é absolutamente absurdo’.