A primeira volta do GP de Abu Dhabi de Fórmula 1 ficou marcada pelo espectacular acidente de Nico Hülkenberg, que acabou com o seu Renault virado ao contrário na sequência de um toque com Romain Grosjean que o levou a capotar e a dar algumas ‘voltas’ pelo ar até aterrar ao contrário junto das barreiras.
Em declarações à Sky Sports, o alemão explicou assim o incidente: “Foi muito desapontante, mas julgo que temos de vê-lo como um incidente de corrida. A lutar com o Romain na entrada da curva oito, ambos bloqueámos travagem, eu alarguei, ele saiu ainda mais largo, porque penso que ele saiu de pista e eu tinha a curva nove para mim. Foi por isso que fui para o ponto de corda. Mas é óbvio que ele ainda estava lá e as rodas tocaram-se. O resto foi o que vimos – algumas voltas, o que obviamente pareceu espectacular mas não foi nada verdadeiramente dramático”.
Hülkenberg frisou depois este aspecto de não ter sido um incidente demasiado aparatoso para si que o viveu na primeira pessoa e lamentou não ter visto Grosjean: “Pareceu espectacular mas não foi um acidente forte – não houve um forte impacto de forças G, pelo que desse ponto de vista não há problema. É infeliz que não tenha visto o Romain. Ambos competimos no duro a caminho da curva oito, ambos tardámos na travagem. Não o consegui ver, estava no meu ângulo morto e o resto é história”.
Quanto à possibilidade de o halo ter atrasado a sua saída do monolugar, o #27 comentou: “Neste momento não sei, para ser honesto, se o halo me bloqueou ou não. De qualquer forma, à direita tinha a barreira e portanto havia um espaço muito pequeno. Quando estás de pernas para o ar não é muito fácil encontrar todos os botões e as coisas porque tudo parece muito diferente. Também foi a primeira ver que acabei com o meu monolugar apoiado na parte de cima. Estava sentado à espera dos comissários e eles reagiram muito rapidamente e retiraram-me”.
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