Duas semanas depois do polémico GP de San Marino, todas as equipas se juntaram em Zolder para o GP da Bélgica, a quinta prova do ano. Havia algumas alterações de monta no pelotão e algumas estreias em termos de pilotos.
A Williams decidira estrear ali o seu novo carro, o FW08, e preencher o lugar deixado vago por Carlos Reutemann pelo irlandês Derek Daly, que até então era piloto da Theodore. No seu lugar nessa equipa, apareceu o holandês Jan Lammers. Na Arrows, também havia mudanças, com o regresso do suíço Marc Surer ao volante, recuperado das lesões que tinha tido no inicio da temporada. A March tinha mais um chassis, para o espanhol Emilio de Villota, que fazia alargar o pelotão para 32 carros, ou seja, iria haver pré-qualificações.
Contudo, a qualificação ficou marcado pelo acidente mortal de Gilles Villeneuve, e por causa disso, a Ferrari decidiu retirar os seus carros da grelha.
Assim sendo, mais dois carros tiveram a oportunidade de correr naquele dia. Na primeira fila ficaram os carros de Alain Prost e René Arnoux, enquanto que na segunda fila estavam o Williams de Keke Rosberg e o McLaren de Niki Lauda. Na terceira fila estavam o Tyrrell de Michele Alboreto e o Alfa Romeo de Andrea de Cesaris, enquanto que na quarta estava o Lotus de Nigel Mansell e Brabham-BMW de Nelson Piquet. A fechar o “top ten” estava o outro Brabham de Ricciardo Patrese e o segundo McLaren de John Watson.
Quatro carros não se qualificaram: o March de Emilio de Villota, o Osella de Riccardo Paletti, o Theodore de Jam Lammers e o Ensign de Roberto Guerrero.
A partida começa em confusão: Mansell fica parado na grelha, e atrás, o ATS de Eliseo Salazar e o Alfa Romeo de Bruno Giacomelli colidem e acabam ali a sua corrida. Quem também fica parado é o Toleman de Teo Fabi, mas não houve consequencias. Os Renault lideram, mas Keke Rosberg consegue passar Alain Prost para ficar com o segundo lugar. Nas voltas seguintes, a distância esteve estática, enquanto que Prost era pressionado por Lauda de De Cesaris pelo terceiro posto.
Na quinta volta, porém, o Turbo de Arnoux falou e Rosberg ficou com o comando da corrida, com Lauda, Prost e De Cesaris logo atrás. Lauda aproximou-se do finlandês, enquanto que Prost perdia posições para Patrese e Watson. Este começava a recuperar posições, passando o italiano e aproveitando os problemas dos outros, chegando ao terceiro lugar na volta 34, quando a caixa de velocidades de De Cesaris quebrou.
Watson chegou-se a Lauda, e na volta 44, passou-o, ficando com o segundo posto. Atrás, Patrese era quarto, seguido por Daly e Cheever, mas na volta 52, o italiano desiste, vitima de despiste, e oito voltas depois, é a vez do irlandês da Williams, que deixa o americano da Ligier no quarto posto, com De Angelis e Piquet atrás.
Parecia que Rosberg ia a caminho da sua primeira vitória, mas Watson carregou rumo ao comando, sabendo que os seus pneus estavam em melhor condição do que os do finlandês, e a duas voltas do fim, o piloto da McLaren conseguiu passá-lo, ficando com o comando da corrida. E não mais o largou até à meta, ficando com a primeira prova do ano, na frente de Rosberg. Lauda ficou com o terceiro posto, mas mais tarde, descobriu-se que o carro estava abaixo do peso e foi desclassificado. Eddie Cheever ficou com o lugar mais baixo do pódio, e nos lugares seguintes ficaram o Lotus de Elio de Angelis, o Brabham de Nelson Piquet e o Fittipaldi de Chico Serra.