A Ferrari continua a apostar numa estrutura predominantemente italiana, inclusive ao nível de liderança com Mattia Binotto a ser o chefe de equipa. No entanto, Gerhard Berger alertou a Scuderia que tem de ter os melhores do mundo nas suas fileiras para voltar aos êxitos, sejam de que nacionalidade forem.
Ao podcast Motor Sport, o antigo piloto sustentou que atualmente a Ferrari não pode ganhar só com italianos na estrutura: ‘Quando lá estive, o grande desejo da Ferrari como equipa italiana é sempre tentar render para ganhar campeonatos como equipa italiana – todos italianos e a render totalmente como italianos. Hoje digo que isso não é possível’.
Berger, que lidera a promotora do DTM, explicou que a F1 atual é muito complicada e de alto nível, e que com ou sem italianos a Ferrari poderá ser sempre campeã em representação do seu país: ‘A F1 é tão complicada, tão de alto nível, que precisas dos melhores do mundo encontrando-os seja onde for, independentemente da nacionalidade. No fim do dia, o campeonato de qualquer forma vai para Itália’.
E o austríaco recordou o sucesso da Ferrari quando não eram italianos a liderar: ‘Quando recordas o [Michael] Schumacher, o melhor na área dele era o Ross Brawn. Ele é inglês. O melhor na política era o Jean Todt. Ele é francês. O melhor na aerodinâmica era o Rory Byrne que é sul-africano. O melhor piloto na altura era o Michael Schumacher. Ele é alemão. Por isso, o Jean juntou isto tudo e o Michael roubava as pessoas ao seu lado e formaram uma equipa internacional fantástica e obtiveram o sucesso, e é assim que funciona’.