António Félix da Costa compete na Fórmula E desde o início do campeonato, mas a sua trajetória podia ter sido muito diferente: em 2014, depois dos primeiros testes, viu um ambiente muito menos profissional daquilo a que estava habituado, e logo numa fase complicada do seu percurso. Só a BMW o convenceu a tentar.
O português revelou ao YouTube do campeonato que depois de comparecer nos primeiros testes da história sentiu que não conseguia disputar a Fórmula E: ‘Estive em Donington quando todas as equipas rodaram os monolugares pela primeira vez. Vinha de trabalhar com a equipa campeã de Fórmula 1 nesse momento, com a BMW no DTM, e depois encontrar-me em Donington com um monolugar elétrico, com dois mecânicos em roupas civis, com uma caixa de ferramentas no chão, e tudo isto na altura em que perdi o meu sonho. Acho que nunca contei esta história publicamente, mas liguei ao meu empresário, o Tiago, e disse-lhe para me tirar dali porque não conseguia fazer aquilo. Seis horas depois ele ligou-me e disse-me que estávamos fora’.
Depois, recebeu da BMW indicações de permanecer na Fórmula E, quando os bávaros já estariam a preparar-se para futuramente lá competir: ‘Estava a chegar à BMW para um teste do DTM e encontrei-me com o meu chefe e disse-lhe que afinal não ia fazer a Fórmula E. E eles disseram-me: ‘Não? Tens de fazer, nós precisamos de ti lá, não podemos dizer porquê, mas precisamos de ti lá’. Peguei no telefone, disse ao Tiago que precisava do contrato de volta’, disse Félix da Costa.