Dia 21 de Março de 2020. Neste dia, Ayrton Senna completaria 60 anos de idade. O astro brasileiro perdeu a vida em 1994, mas perdura como uma das grandes lendas de Fórmula 1, somando três títulos ao longo dos seus dez anos de percurso na principal categoria dos monolugares.
A trajectória de Senna na F1 iniciou-se ainda em 1983, ano em que venceu o GP de Macau de Fórmula 3 e teve a chance de testar com a Williams em Donington Park batendo o recorde de então no traçado. Mas foi a Toleman que o apresentou ao pelotão da F1 em 1984: numa equipa pouco competitiva alcançou três pódios, incluindo o emblemático terceiro lugar no GP do Mónaco de 1984.
Passou então para a Lotus em 1985, onde venceu pela primeira vez no GP de Portugal do mesmo ano sob uma chuva torrencial no Estoril. Os bons resultados foram-se sucedendo e, em 1988, Senna mereceu a confiança da McLaren, uma das grandes potências na altura. Logo nesse ano celebrou o seu primeiro título. A sua estadia em Woking foi mesmo o pico da carreira em termos de resultados, mas também ficou marcada pelas tensões com Alain Prost na discussão dos títulos de 1989 e 1990.
Depois do título de 1991, Senna voltou a lutar pelas conquistas nos dois anos subsequentes, mas sem argumentos para fazer face à Williams. Até que em 1994 decidiu avançar para a equipa de Grove. Dois abandonos eram o seu pecúlio antes do fatídico GP de São Marino, o qual liderava em busca da primeira vitória quando teve o acidente que de certa forma mudou a F1 para sempre.
Senna pode ter falecido, deixando um vazio para muitos adeptos de todo o mundo. O que nunca se irá apagar é o seu legado: um legado desportivo, mas também um legado humano, com a sua figura a ser recordada por muitos com carinho e como um exemplo a seguir – no fundo, continua a ser um ídolo para muitos. As exibições do brasileiro em pista prevalecerão, em particular o seu amplo sucesso no Mónaco ou a diabólica primeira volta da corrida de 1993 em Donington Park.
Por outro lado, Senna era também um filantropo, ajudando programas de assistência aos mais desfavorecidos, especialmente crianças. Tanto que chegou mesmo a criar uma estrutura dedicada às crianças brasileiras em situação de pobreza, nascendo – posteriormente à sua morte – o Instituto Ayrton Senna.