Aloísio Monteiro tinha previsto um programa no Europeu de Ralis (ERC) para a época de 2020. Porém, com as várias mudanças de calendário provocadas pela pandemia de coronavírus, os seus planos podem ser afectados, assim como o é a estrutura que dirige, a The Racing Factory.
O piloto e proprietário da The Racing Factory assumiu que não está preocupado com a sua organização como estaria se tivesse outras dimensões: ‘Não estou preocupado porque não sou dono de uma estrutura de Fórmula 1. Se fosse dono de uma estrutura de Fórmula 1 como a Mercedes, que tem 1.000 funcionários, estava preocupadíssimo porque tinha 1.000 famílias e a minha responsabilidade era muito maior do que a que tenho. Hoje, a minha estrutura é de 12 pessoas’.
Nesta entrevista à rádio GoloFM, Monteiro comentou posteriormente que a sua perspectiva é que a normalidade comece a voltar em Maio: ‘Acho que o campeonato tem de ser reajustado, estou convicto que as situações em Portugal vão voltar à normalidade a partir de Maio, e, tanto o futebol como o desporto automóvel e outras modalidades, têm de voltar à normalidade porque têm muitos postos de trabalho. E nós também temos de ter uma certa responsabilidade social de pensar, primeiro que todos têm de estar bem de saúde, e o mundo vai continuar a girar e temos de continuar a trabalhar’.
Quanto aos demais projectos da The Racing Factory, o seu proprietário ainda não tem qualaquer cancelamento, apesar da apreensão dos pilotos com a reacção dos patrocinadores. No que toca à sua carreira de piloto, Monteiro afirmou que a reprogramação da época de 2020 será um desafio:
– A nossa primeira prova ia ser nos Açores. […]. Com esta mudança do Europeu, acho que pode haver uma estreia se o Rali da Polónia em Junho não for anulado; se o Rali da Polónia for anulado e o ERC for outra vez reajustado, vamos esperar para ver o que nos traz. Tínhamos Açores, Polónia, Roma, Barum e Hungria, cinco provas, e uma sexta prova que podia ser o Rali de Portugal ou o Rali da Madeira. Dependia também da disponibilidade do carro porque o tínhamos alugado a outro piloto. Agora, com esta nova calendarização, tenho de esperar e ver o que vai surgir. Vão haver ralis de 15 em 15 dias, haverá carros a circular, uns no Europeu, uns no Nacional e uns se calhar nas ilhas. Vai ser complicado. Temos de tentar ajustar o meu campeonato à disponibilidade dos carros que temos’.