A Fórmula E vai introduzir a próxima geração de monolugares em 2022/2023, sendo tecnologicamente muito distinta da atual. Segundo o presidente do campeonato, Alejandro Agag, serão monolugares muito mais leves, com praticamente a mesma capacidade de baterias e com cadeia cinemática à frente e atrás, mas sem tração integral.
Em declarações num webcast com a patrocinadora ABB, o dirigente espanhol revelou as ideias para os próximos monolugares: ‘Temos trabalhado muito com a FIA e com as equipas e construtores no monolugar da terceira geração e o objetivo geral é aumentar o rendimento dos monolugares e introduzir as tecnologias mais recentes. Vão ser mais leves, apontamos para monolugares que são 100kg mais leves do que hoje. Vão armazenar quase tanta energia, apesar de serem mais leves, para aumentar o rendimento, e vai haver uma cadeia cinemática dianteira para aumentar a regeneração, o que melhorará a capacidade de regeneração de forma muito importante’.
Depois de se ter chegado a equacionar o adiamento do Gen3 para a décima época devido aos efeitos da pandemia, este avançará mesmo na de 2022/2023. Agag deu mais detalhes sobre o que será o monolugar do ponto de vista técnico: ‘Não vai ser um monolugar de tração integral e estamos contra essa ideia porque creio que é demasiado fácil para os pilotos. Não quero tornar o campeonato fácil para os pilotos. Adoro ver os monolugares a derraparem e a dificuldade de ultrapassar. Ter tração às quatro rodas é como estar num rail. Mesmo se tivermos uma cadeia cinemática à frente e atrás, só a usaremos para recuperar energia e não para propulsão e tração’.